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Bienal de Arte Contemporânea da Maia’19

Curadoria • 2019, Maia, Biennial
Obra de Takk © Tiago Casanova
Obra de AATB © Tiago Casanova
Obra de Popticum © Tiago Casanova
Obra de Orlando Lovell © João Garcia
Obra de Fernando Abellanas © Tiago Casanova
Obra de Mafalda Santos + Manuel Mesquita © Tiago Casanova
Obra de Horácio Frutuoso © Tiago Casanova
Obra de Sara & André © Tiago Casanova
Obra de Space Transcribers © Tiago Casanova
Obra de Dayana Lucas © Tiago Casanova
Obra de Elodie Correia + Priscilla Julien + Uncanny Valley Studio © Tiago Casanova
Obra de Justin Jaeckle + Danilo Mandic + Joana Bértholo + Joël Vacheron + Mercedes bunz + Isabel Lucena © Rita França
Obra de Alessandro Ludovico + Luísa Ribas + Miguel Carvalhais © Tiago Casanova
Obra de Catarina Carreiras © Tiago Casanova
Obra de Catarina Lee + Filipa Alves de Sousa © Rita França
Obra de ERROR-43 © Tiago Casanova
Obra de Carla Filipe © Tiago Casanova
© And Atelier
© And Atelier
© And Atelier

Bienal de Arte Contemporânea da Maia’19

Não há prazo para as cidades, mas em todas há o desejo de futuro. Tal como a ideia da imortalidade, que nos distingue dos demais animais. É na memória em mutação, mais ou menos nostálgica, mais ou menos íntima, mais ou menos autobiográfica, mais ou menos filtrada, que surge a experiência da apropriação do lugar.
Nesta vontade discursiva podemos ter como propósito a simples observação, e transigir na consagração pelo prazer e pela curiosidade situados na necessidade contemporânea de rever essa identidade, ou identificar essa mutação ceno(geo)gráfica.
São vários os possíveis pontos de vista da Maia, são também, por isso, várias as questões formuladas e as possibilidades de resposta com correspondência a momentos igualmente diferentes. São paisagens e pessoas que convocam novos conceitos para lá do consolidado, interseccionalidades em que a cidade assume uma nova noção de espaço de representação, ora revelado ora oculto, a partir das suas intermitências urbanas.
O objectivo da “Bienal de Arte Contemporânea da Maia’19” é permitir reajustar a nossa posição perante uma constante em mutação e, ao mesmo tempo, elaborar percepções sobre a identidade consciente desta órbita contemporânea. É sobre a identidade num mundo global. É sobre a consolidação da criação que sofre contágio. É sobre as práticas artísticas heterógeneas a partir de um mesmo lugar e homogéneas a partir de lugares diferentes. É sobre a experiência individual no diálogo com a obra. É sobre a expansão da subjectividade do lugar enquanto contexto. É sobre as rupturas das fronteiras entre mundos ou a dissolução de cânones estéticos truncados ao locus. É sobre a emergência da transposição dos corpos, como da informação. É sobre os universos referenciais que levamos e que trazemos. É sobre um circuito de termos questionado pela permeabilidade das fronteiras. É sobre a invisibilidade da origem quando o mundo é um, apenas. É sobre termos que biograficamente se transcendem quando o ‘auto’ é um denominador comum. É sobre a dinâmica veloz do processo das relações entre a criação e a cognição, o vivido e o falsificado, o guardado e o transformado, enquanto motor de novos discursos da cultura e da arte. Mas é também sobre a democratização da arte, levando-a em contentores ao território real, ao encontro dos maiatos — na Praça Doutor Vieira de Carvalho, no Parque da Cidade Desportiva, em Maninhos, no Castêlo da Maia, em Mandim, na Feira de Pedras Rubras e no Parque da Pícua.
Vinte e quatro anos foi o tempo necessário para que esta consideração sob a forma disruptiva do binómio “Import/Export” se pudesse concretizar. É o tempo exacto para rememorar a dinâmica epocal e estabelecer novas narrativas para a reapropriação de referentes identitários entre o local e o global, entre a origem e o destino.
Talvez por aqui se possa compreender que este seria um discurso apenas possível se operasse de forma disseminada no território e se nele assentasse sob forma de contentor binómio — por um lado símbolo do paradoxo do tema, por outro, condição do tornar possível a (con)figuração da (re)criação de nova experiência plural sobre os vários locais, os seus sentidos e as suas atmos(feras).
Todas as obras pertencem a uma exposição única, polilocalizada, permitindo, nesta circunstância, assumir a ambição de dar a conhecer vários lados deste palco e questionar, através de vários pontos de vista, também, vários modos de fazer: Arquitectura, Artes Plásticas, Design e Novos Media.

Curadora Geral

Andreia Garcia

Cocuradores

Diogo Aguiar, Javier Peña Ibáñez, Luís Alburquerque Pinho, Luís Pinto Nunes, Sara Orsi, Vera Sacchetti

Obras

Carla Filipe (Espectro de uma Memória e Identidade de uma Bienal de Arte [1995 a 2003]), Sara & André (Secret Zen Garden), Justin Jaeckle + Danilo Mandic + Joana Bértholo + Joël Vacheron + Mercedes bunz + Isabel Lucena (Shaping and Sharing), Alessandro Ludovico + Luísa Ribas + Miguel Carvalhais (Temporary Library of Portuguese Media Art), Catarina Lee + Filipa Alves de Sousa (Container. Studio. School), Catarina Carreiras (Assembleia), Orlando Lovell (Counter Cookie-Cutter Culture), Pedro Augusto (Temas Maiatos), Takk (Russian Doll), Horácio Frutuoso (Jaula [Keep Tomorrow Free]), Dayana Lucas (Fluxo), AATB (A Particular Score), Popticum (Handle With Air), Elodie Correia + Priscilla Julien + Uncanny Valley Studio (Laridme.Com), Space Transcribers (Alocar/Deslocar), Mafalda Santos + Manuel Mesquita (Sala Para Conter Reflexões), Fernando Abellanas (Práxis), ERROR-43 (Loop)

Curadora Assistente (Área Design)

Inês Revés

Design Gráfico

And Atelier

Website

And Atelier + Sara Orsi http://bienaldamaia.com

Produção

Architectural Affairs

Promotor

Municipality of Maia

Mecenas e Apoios

Acción Cultura Española (AC/E), Agrupamento de Escolas do Castêlo da Maia, AMAG, Bordanpe, FBAUL - Faculdade de Belas Artes de Lisboa, GLC Química, Goethe Institut, Gráfica Maiadouro, Imobiliária Venepor, SA, ISMAI - Instituto Universitário da Maia, Maia Hoje, Metro do Porto, New Caffé Gin Club, Pizza Hut, ReUrban, Tintas 2000

Programa realizado no âmbito

Comemorações dos 500 anos - Foral da Maia
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