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Anuário 21

Curadoria • 2021, Porto, Exposição
© Galeria Municipal do Porto
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Anuário 21

Curar. Ação, prática comunitária, ancestral, processo, lugar do cuidado, da atenção, da escuta e do gesto. Curar uma exposição, num ano quasi distópico em que a nossa perceção da realidade e da normalidade foi alterada por uma pandemia global causada por um vírus é, simultaneamente, um exercício absurdo e irónico de inscrição e ressignificação do real.

Num ano de incerteza, em que a perspetiva de presente-futuro se afigurou como uma miragem num espaço-tempo suspenso, refletir sobre a atividade artística do Porto foi, para além de um desafio, uma provocação necessária que nos permitiu acompanhar a respiração –ora silenciosa, ora enérgica – de artistas, criadores/as e agentes, num momento de reinvenção e resistência.

Assumimos como premissa, num gesto atento a essa conjuntura, duas ideias que atravessam o pensamento e o programa curatorial: solidariedade e coletivo. Auscultar e reconhecer a cidade e o seu tecido artístico, num momento de acentuada dificuldade para o sector, evidenciou o caráter frágil e vulnerável das suas estruturas — paradoxalmente estoicas na resiliência e flexibilidade face às adversidades.

Sensíveis ao contexto, restabelecemos e remodelamos o foco do locus, para uma exposição que se apresenta em vários lugares, criando uma rede entre estruturas independentes e uma condição de fazer, que se alberga numa tipologia de espaços que não eram os seus – lojas que se transformam em espaços de trabalho e, ao mesmo tempo, em lugares de mostra de arte. A edição de 2020 do Anuário apresenta-se sem uma ordem aparente, num regime que convida à deambulação e à descoberta, criando relações improváveis que refletem as intersecções de experiências e de vozes distintas que habitam a cidade ou que se ampliam com a mistura e o confronto de outras, que surgem de múltiplos contextos e geografias.

Importa pensar a prática artística na cidade, partindo de um olhar abrangente e atento a todos os agentes que integram as diferentes comunidades, de forma a reunir e reconfigurar um conjunto representativo da diversidade local, traçando, assim, uma linha, entre muitas possíveis.

Curadores

Ana Resende, Andreia Garcia, Melissa Rodrigues, Pedro Augusto, Pedro Magalhães

Artistas

Ani Schulze, Beatriz Blasi, Bruno Duarte, Bruno Silva, Daniela Krtsch, David Lindert, Dori Nigro, Carlos Pinheiro, Clarice Cunha, Coletivo Lab.25, Gunnhildur Hauksdóttir, Jiôn Kiim, João Marçal, Maria Lino, Maurício Igor, Nikolai Nekh, Pamina Sebastião, Pedro Ruiz, Radu Sticlea & Bianca Stanea, Rita Senra, Rosana Antolí, Salomé Lamas, Sara Graça, Sofia Duchovny, Svenja Tiger, Tiago Madaleno e Xu Moru & Leon Billerbeck.

Performances

Kiluanji Kia Henda: Resetting Bird's Memories (Sábado, 10 de julho às 19h Círculo Católico de Operários do Porto)

Comissários

Guilherme Blanc, João Ribas

Design

Irina Pereira

Locais

A Sede (Rua São Roque da Lameira 1435, Porto) AL859 (Rua da Alegria 859, Porto) Armazém do Fundo (Largo de Mompilher 5, Porto) Atelier Logicofobista (Rua Anselmo Braancamp 345, Porto) Clube de Desenho (Rua da Alegria 970, Porto) Espaço Birra (Rua de Ferreira Cardoso 49, Porto) Ócio (Rua do Duque da Terceira 370, Porto)
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