“Shaping Shape” parte do olhar sobre um projecto curatorial com o mesmo nome, editado por Andreia Garcia, trata da consolidação da memória do lugar através do desafio de transformar e explorar a forma como arquitectura e matéria urbana, a partir da Arte e da Arquitectura.
O livro resulta do pensamento produzido pela curadoria da área da Arquitectura para a “Bienal de Arte Contemporânea da Maia’17”, que assentou na consolidação da memória do lugar através do desafio à transformação e à exploração da forma (como matéria arquitectónica e urbana) a partir da Arquitectura e da Arte. Cada um dos lugares foi origem de um laboratório privilegiado — o de reflectir e actuar sobre o território específico da Maia num curto espaço de tempo, como é a duração de um evento como uma bienal —, o que permitiu, pelo atravessamento de diferentes práticas, discursos e reflexões, enquadrar o programa para a Arquitectura como uma metáfora das questões contemporâneas que, de forma mais permanente, e provocando os limites tangíveis inerentes às práticas dos artistas e dos arquitectos convidados, assumiu a discussão sobre o imaginário urbano, sobre os lugares de permuta da cidade, sobre o modo de pensar os processos identitários da preservação da cultura material, sobre a cidade enquanto expressão social do progresso, sobre a sociedade do espectáculo, sobre os espaços de confronto e de contaminação, sobre a arte pública como ferramenta para a reconstituição do espaço público, sobre o sentido de pertença, experiência, memória e apropriação.